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segunda-feira, 14 de maio de 2012

CEMENTE

Um homem morava em uma em uma cidade grande e trabalhava em uma fábrica. Todos os dias ele viajava cinquenta minutos, de ônibus, para ir trabalhar. No ponto seguinte ao dele entrava uma senhora, que procurava sempre sentar na janela. Ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.
A cena sempre se repetia e um dia curioso o homem lhe perguntou o que jogava pela janela. - Jogo sementes, respondeu ela. - Sementes? Sementes de que? -De flor. É que eu olho para fora e a estrada é tão vazia.... Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo caminha. Imagine como seria bom! - Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha mesmo que essas flores vão nascer ai, na beira da estrada? - Acho meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acaba caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim demoram para crescer, precisam de água... -Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. E se eu não jogar a sementes, ai mesmo é que as flores nunca vão nascer.
Dizendo isso, a velha virou-se para a janela aberta e recomeçou o seu "trabalho". O homem desceu logo a diante, achando que a senhora estava meio "caduca". O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado na janela o homem levou um susto ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada... Muitas flores... A paisagem estava colorida, perfumada linda! O homem lembrou da velha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
- A velinha das sementes? Pois é... Morreu de pneumonia no mês passado. O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. "Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou. "Mas de que adiantou o trabalho da velinha? A coitada morreu e não pode ver essa beleza toda". Nesse instante, o homem escultou uma risada de criança. No banco da frente, uma garotinha apontava pela janela, entusiasmada:
- Olha, que lindo! Quanta flor pela estrada ... Como se chamam aquelas flores?
Então, o homem entendeu o que a velinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velinha devia esta feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se e tirou um pacotinho de semente do bolso.

(Autor desconhecido)

Esse texto foi lido no treinamento de UBV para mostrar que devemos fazer nossa parte mesmo que seu esforço não dê resultado de imediato seu trabalho vai ser recompensado de algum jeito. 

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